EM COMPANHIA XAKRIABÁ: práticas de arquitetura entre o território indígena e a universidade
Lucas Carvalho de Jesus


Disciplina: TCB
Tipo de trabalho realizado: Pesquisa Projeto
Autor(a): Lucas Carvalho de Jesus
Nome do Orientador(a): Adriano Mattos Corrêa e Renata Moreira Marquez
Departamento de vínculo do orientador(a): Departamento de Projeto (PRJ)
Titulo do Trabalho: EM COMPANHIA XAKRIABÁ: práticas de arquitetura entre o território indígena e a universidade
Resumo do trabalho: Em visita recente ao território Xakriabá, conversávamos sobre o que era "arquitetura" e não chegávamos a um acordo. As definições não estavam erradas, mas não eram só aquilo que um ou outro de nós dizia. O que talvez possamos chamar de arquitetura Xakriabá não é a mesma coisa que chamamos de arquitetura na universidade ou na cidade. Eram práticas diferentes. Esse processo de tradução feito com mal-entendidos só é um problema se a nossa intenção for que o entendimento seja único. A partir da ideia de Marisol de la Cadena do não somente, aprendemos a expandir a prática da tradução acolhendo a multiplicidade e as diferenças percebidas quando estamos entre mundos. No território Xakriabá, eu via a arquitetura como o processo coletivo de construção das casas tradicionais e suas reverberações nas práticas construtivas atuais; as lutas e conquistas pela diferenciação do espaço escolar indígena; as práticas de retomada que geram espaços comunitários; etc. Mas para o povo Xakriabá, o que nomeávamos de arquitetura era parte das práticas da vida cotidiana. Talvez o conceito de arquitetura xakriabá estivesse em germinação, ali naquele encontro, no diálogo conosco, vindos como a "universidade". O que as práticas espaciais xakriabá podem nos ensinar sobre arquitetura? Como considerar suas práticas tradicionais nas propostas de arquitetura que chegam ao território Xakriabá a partir da cidade?
Área relacionada: Teoria e história da Arquitetura e do Urbanismo, Projeto e desenho urbano